quinta-feira, 28 de julho de 2011

Pelo fim das queimadas

ASSIM COMEÇA
ASSIM TERMINA
Professor Ailson, presidente do PSOL e candidato a prefeito em 2008 veio a público pedir a legislação municipal que proíba a queimada da palha da cana na pé-colheita em Paranavaí.
Pediu para que Paranavaí seguisse o exemplo de São José do Rio Preto-SP. Naquele município existe uma lei que proíbe a queimada nos canaviais.

"As queimadas reduzem o custo do setor canavieiro, aumentam os seus lucros, no entanto a sociedade fica com os prejuízos causados pelas queimadas. As pessoas ficam doentes, pois respiram as partículas finas e ultrafinas provenientes das queimadas, que penetram no sistema respiratório provocando reações alérgicas e inflamatórias. Esses poluentes passam para a corrente sanguínea, causando complicações em diversos órgãos do organismo. Aumentam as despesas públicas com atendimento, para o tratamento dessas moléstias, e a população normalmente tem que arcar com o custo dos medicamentos e outros procedimentos médicos.
A população tem ainda que pagar pelo gasto maior de água e produtos de limpeza, que são utilizados para limpar a “sujeira” causada pela fuligem da queimada que cai sobre as cidades. O abastecimento de água das cidades das regiões canavieiras tem sido afetado no período de safra, pois justamente na estiagem onde os recursos hídricos são limitados, em função das queimadas o consumo de água chega a duplicar.
O poder econômico do setor canavieiro compra o direito único no país de poder poluir a vontade, deixando uma grande parte da população doente, matando pessoas já debilitadas que são portadoras de insuficiência respiratória ou cardíaca. Sim esse setor financia a campanha política de vários deputados estaduais e federais e até governadores de estado, que aprovam leis inconstitucionais dando mais trinta anos de prazo (2031) para o fim das queimadas." 
Manoel Eduardo Tavares Ferreira
Engº Agrônomo; Presidente da A