segunda-feira, 20 de junho de 2011

Conselho de Ética abre processo contra Jair Bolsonaro



Acusado de racismo e homofobia, o capitão da reserva Jair Bolsonaro (PP-RJ) é alvo de representação do PSOL, que pede cassação do mandato. Relator do caso no Conselho de Ética da Câmara diz que vai dar prosseguimento ao pedido.

 O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15/06) dar o primeiro passo para abrir um processo de cassação contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), acusado em representação do PSOL de racismo e de discriminar gays e mulheres.

O presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PDT-BA), determinou ao conterrâneo Sérgio Brito (PSC) que examine se a representação merece ir adiante e virar um processo. Aos jornalistas depois da sessão, Brito disse que dificilmente deixará de pedir a abertura de investigação, porque se trata de uma ação de um partido a qual não caberia negar andamento.

Brito afirmou que pretende apresentar dia 29 de junho seu parecer prévio sobre o assunto. Caso o parecer seja mesmo pela investigação e receba aprovação do Conselho, o caso deve ter um desfecho em agosto, depois de dois meses de apuração.

Bolsonaro, que é capitão do Exército, é conhecido no Congresso por suas posições contra casamento gay e aborto, por exemplo. O PSOL entrou com ação contra ele por causa de uma confusão do deputado com a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) durante debate de projeto que pune a homofobia. 

Na ocasião, Bolsonaro e Marinor trocaram acusações, e o PSOL acredita que o deputado ofendeu e agrediu a senadora. O deputado alega o contrário.

A representação também faz referência à participação do deputado numa edição do programa CQC, da TV Bandeirantes, na qual ele teria praticado racismo ao classificar como “promiscuidade” a hipotética situação em que um filho dele se casasse com uma negra. Bolsonaro diz que entendeu a pergunta errado e que ela se referia a um filho dele casando-se com um gay.
Carta Maior